sábado, 4 de julho de 2015

A punição do ser

A irrelevância do meu bem estar
A graça em que foi concebida
não anseio (almejo) mais
enfatizo o que ainda não foi mudado

A luz que estava aquecendo sumiu diante a espreita da escuridão
Não me via mais
Não ouvia
Não conseguia gritar
Não conseguia pedir o socorro que era preciso
Por conta do enfraquecimento momentâneo,
a mucosidade das minhas pregas vocais já não estava mais indo a meu favor.

Tento acalmar minhas pinceladas amargas
Aprecio a deterioração da fugacidade do devir
A exposição
O gemido da alma
A negação da remoção
O drama da vaidade

O ápice de seu brilho que atravessa o cinza diluído na minha pele
Me sinto corrompida
Me choco contra a oscilação nauseante
Murmúrios que acoam em mim

Procurei me ausentar, ausentar do instante
Pausar o tempo que me absorvia
O mundo não é estável, nada é fixo
Minhas adaptações atenuantes


R.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Fenecendo o existencialismo

Fenecendo o existencialismo, de maneira desconfiada
As questões de outra vida, passada ou inacabada
Questionamentos ponderados, expostos ao acaso
Me vejo sussurrando nas entrelinhas

Jardim da lua, mundo abutre-das-montanhas
das mais belas, estranhas
Conjugue os oceanos de forma corrida
das águas mais claras às inibidas
Me mostre os seus eus, encontre os meus eus


R.